Os integrantes do Rotary Club Marlia Pioneiro, da cidade de Marlia, do Distrito 4510 do Rotary International, da regio centro-oeste do Estado de So Paulo, debateram na ltima reunio ordinria no Sun Valley Park Hotel, o Referendo do dia 23 de outubro sobre a comercializao de armas no Brasil. Segundo o presidente do clube rotrio, Mrcio Medeiros, importante que o clube se manifeste e discuta questes polmicas sobre o desenvolvimento da sociedade. preciso que temas especficos sejam debatidos dentro dos clubes, como forma de interesse sobre o que se passa no dia-a-dia da sociedade, falou o dirigente que considerou o debate interno bastante esclarecedor. Eu, que estava com dvidas, me decidi aps este debate, admitiu o presidente.
Todos os rotarianos presentes na reunio ordinria do RC Marlia Pioneiro tiveram oportunidade de manifestao. Alguns defenderam o voto a favor do Sim, outros a favor do No, mas a maioria da opinio de que se deve notar No, no dia 23 de outubro. A violncia no est na arma est na alma, afirmou o mdico Geraldo Gentile Stfano. Basta cumprir a lei existente, que j disciplina a comercializao de armas, ressaltou Lcia Coelho Faria ao destacar que no Rio Grande do Sul existe uma das maiores concentraes de armas no Pas, com os ndices mais baixos de violncia. Falta clareza na pergunta, frisou o arquiteto Nelson Carneiro Guillen, que teme o sentimento favorvel de solidariedade do brasileiro, como uma induo ao voto Sim.
Para o tabelio Hildebrando de Moraes existem motivos de sobra para ele votar no Sim, por ter tido uma experincia negativa ao ter uma arma em casa. Por causa da arma, quase houve um desastre em minha famlia, contou. Uma arma nas mos de quem no sabe manuse-la perigo elevado, disse ao explicar o problema que teve. A arma atrai bandido e geralmente quem tem no sabe usar, afirmou ao explicar os motivos que tem para votar no Sim. Acredito que preciso ver a questo com foco na maioria da populao, e no numa minoria que detm conhecimento, poder aquisitivo e tudo mais, acrescentou Mrcio Medeiros, que at ento pendia para o voto Sim. Mas tambm concordo, se existe uma Lei Federal que j disciplina isso, ento o referendo desnecessrio, disse ao afirmar que pretende votar no No.
Heitor Roberto de Oliveira, Adriana Tognoli, Vera Marques da Costa e Regina Zabotto, tambm defenderam o voto pelo No, argumentando que a forma do referendo est confusa. A discusso est fugindo do foco principal, disse Heitor Roberto. A proibio do comrcio de armas est debilitando o cidado, afirmou Adriana Tognoli. No uma votao partidria, e existe muita desinformao neste sentido, alertou Regina Zaboto, preocupada com a maneira da conduo do referendo por parte dos Governantes. Nas leis atuais, no fcil ter uma arma, disse Vera Marques da Costa. No qualquer um que preenche os requisitos exigidos e que tenha condies de pagar as taxas especificadas, demonstrou Kathya Cibele Abreu de Souza, ao levar cpia da lei atual sobre porte de arma e comprovar a ineficcia do cumprimento da lei em vigncia. O referendo desnecessrio e inoportuno, concluiu o presidente do RC Marlia Pioneiro, Mrcio Medeiros. |